terça-feira, abril 26, 2005

I Ching, o Livro das Mutações

Entre as edições em português do I Ching, existe uma da editora Pensamento, de São Paulo, que inclui o prefácio de C. G. Jung. É portanto esta que recomendaria a quem quisesse possuir um exemplar do Livro das Mutações. Em outro post, citei o referido prefácio (assinado por Jung) a propósito do conceito de sincronicidade.
A forma como o leitor utiliza o livro não é de somenos importância. Em primeiro lugar, o I Ching tem que ser encarado como uma entidade autónoma, na minha perspectiva, como uma espécie de pêndulo vibratório das configurações possíveis do universo. Neste sentido, ainda na minha perspectiva, o I Ching é uma mónada (como Leibniz a define).
O livro não deve ser interrogado em termos de sim ou não e, neste aspecto, ele está longe de ser normativo. A pergunta é uma forma de desenhar secções no universo das possibilidades e o I Ching responde, dizendo, não que se deve ir por aqui, ou por ali, mas sim fazendo notar o que significa ir por um certo caminho. Ir por um certo caminho é ganhar (se é que este termo faz sentido...) um conjunto de coisas e perder outras tantas, que ganhariamos se fossemos por outro caminho.
O I Ching é profundamente contrário à ideia de destino. Na verdade, o grande Livro das Mutações respeita inteiramente a liberdade humana.

Daniel Tércio

www.nudescendoescadas.blogspot.com

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