segunda-feira, abril 18, 2005

TARA PERDIDA de Eduardo F.M.
Teatro Taborda - Lisboa - 31 de Março a 8 de Maio

www.egeac.pt/taborda

EDUARDO F.M.

Nasceu em 1949, vive e trabalha em Lisboa. Escola primária em Manteigas, sua terra natal. No final dos anos 70, em Lisboa, conclui, em horário pos-laboral, o 1º e 2º ciclos do antigo curso do liceu. Autocidacta na prática artística, a sua obra conta centenas de trabalhos de desenho e pintura. Expõe pela primeira vez em 1985, numa pequena mostra colectiva realizada na Galeria EMI/Valentim de Carvalho, Lisboa.

Só em Setembro de 2002, apresenta a sua primeira exposição individual, na Livraria Assírio e Alvim, Lisboa – antológica da sua produção dos últimos dez anos.


TARA PERDIDA

Um membro (perna ou braço), um tronco, uma cabeça podem funcionar isoladamente, podem querer dizer um corpo inteiro e querem certamente dizer uma força de alma qualquer que se procura reter, dominar, transformar noutra coisa. Uma cor confina com outra: um negro, um vermelho; um negro, um branco; um vermelho, um branco – e tudo o que partilham é essa fronteira onde se tocam e se cruzam, onde alternam e jogam o peso da imagem. Uma cena de confronto simétrico ou desenvolvimento rizomático (e as dimensões alongadas dos suportes são essenciais nesta discursividade em extensão e intensidade) pode querer colocar-nos no centro do mundo.
É um mundo fechado, rodando em torno de um eixo (um olhar desvia-se, o outro enfrenta-o), um mundo desdobrando-se em personagens que se mostram e se escondem, como um tecido plissado que se pode estender (explicar-se) perdendo espessura e depois reduzir-se de novo ao seu volume inicial.

João Pinharanda


A obra de Eduardo F.M. possui uma espontaneidade que a aproxima de alguns artistas exteriores ao surrealismo, mas que foram apreciados por este movimento pela importância que deram às associações insólitas entre as formas animais e as formas humanizadas.

Luísa Soares de Oliveira


www.artistasunidos.pt

Sem comentários: