terça-feira, maio 31, 2005

Helmar Lerski Metamorfoses pela Luz

Culturgest LisboaPhoto 2005

Helmar Lerski (1871 - 1956), cujo trabalho se movimentou pela fotografia e o cinema, é um dos autores mais fascinantes das vanguardas artísticas das décadas de 20 e 30, em particular pelo modo como construiu uma das mais obsessivas e perturbantes representações do rosto humano. Menos conhecido do que Man Ray ou Moholy-Nagy, a sua obra fotográfica tem vindo a ser reconhecida, nas leituras mais recentes da arte do século XX, como referência central no quadro da história de um dos géneros mais glosados na fotografia: o retrato. Comissariada por Ute Eskildsen, produzida pelo Museu Folkwang de Essen, na Alemanha, e apresentada agora no quadro da LisboaPhoto 2005, a exposição traz até nós a série mais emblemática de Lerski (Metamorphosen des Gesichts/ Metamorfoses pela Luz), cerca de 120 provas vintage, acompanhadas de pequenos objectos, que correspondem a um amplo estudo em torno de um mesmo rosto, representado em close up e submetido a variações minimalistas a partir do jogo da luz e da sombra.

www.culturgest.pt/actual/helmar_lerski.html

www.lisboaphoto.pt/

quarta-feira, maio 25, 2005

Ariel: The Restored Edition by Sylvia Plath

Ariel is Sylvia Plath’s last book. Most of the poems were written in a manic burst during a period of grief and rage over her impending divorce from British poet Ted Hughes, who ran off with another woman, leaving her with two babies. She had tried suicide at nineteen and failed; after completing the Ariel poems at thirty, she succeeded. Hughes sent the Ariel manuscript off to be published, leaving out some poems she had included and adding new ones she wrote in her last days. Much controversy ensued: he was accused of everything from censorship to murder. This new facsmile edition of Ariel sets the record straight by giving us the poems as Plath left them in the manuscript, along with her typewritten drafts and handwritten corrections. Frieda Hughes, the daughter of the two poets, writes a Foreword to the edition, defending her father’s actions regarding Plath’s legacy and describing the difficulties the family has endured as a result of Plath’s canonization and Hughes’ demonization.

Frieda references Plath’s well-known fits of temper, several of which resulted in her burning her husband’s work. She also notes that Ted Hughes was a frequent target of fury in the poems. Plath was apparently a manic-depressive, swinging from ecstasy and rage to black depression, accordingly representing herself as an apotheosized victim of powerful, fascist-booted men, or an avenging Medea warning us against her superhuman powers: "Beware. Out of the ash/I rise with my red hair/And I eat men like air."

Plath pushes all aspects of her life to manic extremes: it is not enough that she herself should be larger than life, the other characters in her drama must also have mythic proportions. In the early days of her relationship with Hughes she wrote: "We make love like giants." Some readers, but not all, buy into Plath’s operatic depictions, taking them for reality. Her fans have gone so far as to erase the surname "Hughes" from her gravestone. Despite Frieda Hughes’ assertions that her parents’ marriage was companionable and quiet, Sylvia Plath had to be hell to live with.
(...)

ler o restante ensaio: http://contemporarylit.about.com/od/poetry/fr/arielRestored.htm

Diana Manister

sexta-feira, maio 20, 2005

Um Museu de Arte Contemporânea em Lisboa para a colecção de Joe Berardo

Uma das melhores colecções da época está fechada longe do público no acervo do Centro Cultural de Belém. Os cidadãos de Lisboa, de Portugal e do Mundo exigem que o Estado Português e a Câmara Municipal de Lisboa assumam as suas responsabilidades em relação ao património que com grande generosidade Joe Berardo propôs a Portugal.

assinar petição:www.petitiononline.com/ummuseu/petition.html

quarta-feira, maio 18, 2005

E tudo era possível

Na minha juventude antes de ter saído
da casa de meus pais disposto a viajar
eu conhecia já o rebentar do mar
das páginas dos livros que já tinha lido

Chegava o mês de maio era tudo florido
o rolo das manhãs punha-se a circular
e era só ouvir o sonhador falar
da vida como se ela houvesse acontecido

E tudo se passava numa outra vida
e havia para as coisas sempre uma saída
Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer

Só sei que tinha o poder duma criança
entre as coisas e mim havia vizinhança
e tudo era possível era só querer

Ruy Belo

in Homem de Palavra[s], Lisboa, Editorial Presença, 1999 (5ª ed.)

quarta-feira, maio 11, 2005

[poema perdido em 1993]

(para assobiar e. e. cummings)


vamos embebedar-nos e fugir para o teu corpo
na primavera mentem-se os invernos no eterno verão

levo a adolescência que perdemos dentro à tua boca
vamos subir as árvores um do outro e
meter todos os invernos no corpo eterno verão

vamos absolutos para o nu de Deus
trago nos bolsos tempo para nenhum nós
e vinte mil adiadas erecções

vamos rasgar ruas onde havia mãos
e esconder outonos no fundo das pernas
caber o segredo que não sabemos nós
a natureza segunda das folhas
e o nome nu de todas as estações

vamos soltar cobras onde havia medo
e matar os dias só duas palavras

mas agora vamos bebermo-nos de ti
e fugir para corpo bem fora de nós


Pedro Sena-Lino

(inédito em livro, Abril de 2004)

terça-feira, maio 10, 2005

se quiser que eu coma...

Se quiser que eu coma
os seus animais de estimação,
os seus pardos pombos-correio,
eu como-os
não há problema.



dióspiro

Depois do almoço
quando arrastamos a cadeira
um pouco para trás,
uma sonolência morna entrelaçada de luz
entra pela janela
ludibria as cortinas
e difusa poisa no vinho.
É nessa altura que dizemos:
vou comer este dióspiro
antes que apodreça.


Daniel Maia-Pinto Rodrigues

in O Valete do Sétimo Naipe, Corpos Editora, reedição, 2005.

sábado, maio 07, 2005

primavera

as gramíneas sexo a fervilhar
polinização sim referendo não

aseiçaneves

sexta-feira, maio 06, 2005

Casa da Música Porto

Sábado . 14 Maio 2005
23:59, Sala 2
Roy Ayers . Funkateers

Um dos mais visíveis e premiados vibrafonistas de jazz, Roy Ayers é tido como um dos profetas do acid jazz, décadas à frente do seu tempo. Há mais de 40 anos ligado ao jazz, Ayers começou a dar nas vistas no início dos anos 70 com temas como «Move to Groove» e «Everybody Loves the Sunshine».

Ícone da comunidade hip-hop, Roy Ayers contribuiu para a implementação do R&B e do jazz/rock. Recentemente editados numa antologia, os álbuns de Ayers exprimem bem a sua capacidade e abrangência.

www.casadamusica.com

quinta-feira, maio 05, 2005

Joyosa

Culturgest - Lisboa - 13 Maio. 21h30

Um guitarrista húngaro, um trompetista alemão, um contrabaixista norueguês e um baterista suíço, juntaram-se num projecto que cruza as fronteiras do jazz, da música clássica, da "música do mundo", da bossa nova, numa fusão dos sons de hoje, com uma enorme elegância, cheia de alegria e de vibrante vitalidade.

Trompete Markus Stockhausen
Guitarra acústica Ferenc Snétberger
Contrabaixo Arild Andersen
Bateria Samuel Rohrer

www.culturgest.pt/actual/joyosa.html

quarta-feira, maio 04, 2005

Xana

Arte Opaca e outros Fantasmas

Culturgest - Lisboa - 20 de Abril a 19 de Junho


Mostra antológica da obra que Xana realizou a partir de 1987, ano em que começam a ter uma crescente importância na sua carreira as intervenções efémeras em espaços públicos e as instalações de grande dimensão, que culminaram nas esculturas da Alameda da Cidade Universitária (1991) ou em Lar Doce Lar na colectiva Depois de Amanhã (1994), e tiveram depois sequência em obras permanentes para espaços urbanos. Nesta exposição são apresentadas obras marcantes do desenvolvimento de um tipo original de pintura-escultura, em peças de parede ou de chão, de formatos irregulares e de grande inventividade formal, onde Xana afirma uma linguagem plástica de vibrante cromatismo e de estruturas tendencialmente padronizadas, em que convivem, por derivação ou contaminação, as formas abstractas e as sugestões figurativas com as apropriações dos objectos de consumo corrente. Arte opaca e outros fantasmas reúne, em novas condições de visibilidade, cerca de uma centena de trabalhos, incluindo peças que foram inicialmente mostradas em espaços transformados pelo artista e outras obras pouco conhecidas ou inéditas. Revela um percurso que, sem conhecer profundas rupturas, tem explorado sempre novas direcções de trabalho com um entendimento utópico da criatividade como capacidade de afirmar um espaço (inútil?) para o prazer e o belo, que, como afirma o artista, talvez ainda seja capaz de transformar o mundo. Uma “arte opaca” onde não há conteúdos para ler, nenhuma representação ou história, em que tudo se joga na eficácia da sua imediata presença pictural e na alegria e no humor de uma invenção radicalmente retiniana. Uma poética de felicidade como objectivo da arte, de que Matisse é uma das grandes referências, explorada também em novas tecnologias como as recentes projecções de pinturas digitais em suporte vídeo, apresentadas em estreia.

www.culturgest.pt/actual/xana.html

terça-feira, maio 03, 2005

Inside out

João Luís Carrilho da Graça, arquitecto

Philippe Reliquet, Director do Instituto Franco-Português tem o prazer de vos convidar para a conferência “Inside out” com João Luís Carrilho da Graça, em conversa com o arquitecto francês Jean Philippe Vassal no dia 4 de Maio às 18h30 no Instituto Franco-Português.
Segunda conferência do ciclo A Arquitectura Hoje.

Instituto Franco-Português
Av. Luís Bívar, 91 - 1050-143 Lisboa
Tel.: 21 311 14 00

Exposição "Inside out" - projectos e obras fora de Portugal de João Luís Carrilho da Graça no Instituto Franco-Português de 4 a 28 de Maio entre as 09h00 e as 21h00

www.ifp-lisboa.com

segunda-feira, maio 02, 2005

MEIA DÉCADA DA EDITORA CORPOS

PROGRAMAÇÃO

Data: 7 de Maio de 2005
Hora: 14h00 – 02h00
Local: Parke, Francelos, Vila Nova de Gaia (Rua Dr. Pedro Vitorino 148)


PROGRAMAÇÃO DETALHADA:

14H00: - Actuação musical de “Hugo Moss” (Palco)

15H00: - Actuação da Banda “The Jills” (Palco)
- Inauguração de Exposição de Pintura de Ana Pina(Tenda)

16H00: - Música e Poemas Sintomáticos de António Pinheiro (Palco)
- Performance Poética de Miguel Oliveira e Rita Cunha(Tenda)

16H30: - Lançamento do Livro de “Vislumbro de um sussurro breve”
Maximina Girão (Sala)

17H00: - Actuação da Banda “Human Cycle” (Palco)

17H30: - Lançamento da 2ª edição do livro “O Valete do Sétimo Naipe“ de Daniel Maia-Pinto Rodrigues (Sala)

18H00: - Actuação dos “Deep” (Palco)

19H00: - “Expurgaçõo” Performance Poética de Aires Ferreira (Palco)

19H30: - Actuação dos “deubreka” (Dj Mr. Mute e VJ Zekan) (Palco)

21H30: - Performance Poética de Maria Beatriz (com participação de Actores e Actrizes do TUP: Mariana Nina, Diana Enes, Inês Gregório, Isabel Fragoso, Gonçalo Lourenço e actividades circences) (Palco)
- Inauguração do Poesia Fã Clube (Sala)

22H30: - Performance Audio Visual por Paulo Cruz (Palco)
- Inicio das Brotherhood Sessions (com os DJ´s Pedro Killer e Hugo Guimarães) (Palco)
- Lançamento do Livro “Estrelas (de)Cadentes” de Cátia Rodrigues (Sala)
- Lançamento do Livro “Lágrimas do Douro” de Sandra Cristina Costa (Sala)
- Lançamento do Livro “Viagens num mundo imperfeito “ de Raquel Queirós (Sala)
- Lançamento dos Singles de literatura (Vários autores)(Tenda)

23H30: - Lançamento do CD “à boca do amor” de Ex-Ricardo dePinho
Teixeira e Ironic Salazar (Palco)

01H00: - Cemitério das Memórias (Convite a todos artistas da editora e extra editora para trazerem um poema, uma pintura, uma fotografia, uma música ou qualquer forma de arte. A cápsula do tempo será aberta daqui a 5 anos, quando a Corposeditora fizer uma década de existência)

02H00: - Encerramento


Atenciosamente:

Ex-Ricardo dePinho Teixeira (editor) 93 33 33 283
Adriana Pereira (editora) 93 62 68 276

www.corposeditora.tk
Ler Devagar. Lisboa

3 de Maio, 3ª feira às 19.30h

DEBATE:

CICLO "CONVERSAS DE PRIMAVERA"

Que Lisboa Queremos? Dinámicas Sócio-Urbanísticas e Desafios para o Futuro
Com: Helena Roseta, João Seixas e Pedro Costa

Organização: Dinámia

www.lerdevagar.com